TEMOS UMA MISSÃO!

Minha foto
Rio de Janeiro, Estrada da Água Grande -453-Irajá, Brazil
Somos jovens escolhidos pelo Senhor! Com a missão de realizar tudo que Ele sonhou para nós. Buscamos o conhecimento através da sua Palavra revelada (BÍBLIA). Queremos ser chamados de "Obreiros aprovados"! Somos membros do Ministério Discipular em Irajá. JUNTE-SE A NÓS!

terça-feira, 30 de junho de 2009

LIVRO DE GÊNESIS


GÊNESIS



Introdução
O nome hebraico do primeiro livro da Bíblia é “Bereshith”, palavra que introduz o capítulo 1 e significa “no princípio”. Quando foi produzida a Septuaginta, tradução do Velho Testamento para o grego, o livro recebeu o nome de “Gênesis”, que significa “origem”.
O Gênesis apresenta a criação e o Criador. Descreve o início do universo, da humanidade, do pecado e da execução do plano divino de salvação. Sua existência é fundamental para a compreensão dos demais livros da Bíblia. O Gênesis apresenta respostas para uma série de perguntas que, de outro modo, não seriam respondidas. O homem sempre quis saber sobre sua origem, as causas de sua condição atual, etc. Tais questões são respondidas pelo Gênesis. Ali estão as causas fundamentais de tudo o que aconteceu na história humana. Contudo, nem todos aceitam seu conteúdo como verdade e partem em busca de outras explicações para a origem da vida. É o caso, por exemplo, daqueles que defendem a teoria da evolução.
O Gênesis apresenta o início da saga humana, cujo desfecho se dará no Apocalipse. Entre ambos os livros, encontra-se a jornada humana rumo às profundezas abissais do pecado e a missão messiânica para buscar o homem e conduzi-lo de volta ao seu estado original no paraíso de Deus.
Os primeiros 11 capítulos de Gênesis nos falam sobre o prelúdio da história universal. A partir do capítulo 12 temos o início da história de Israel, o povo escolhido para trazer ao mundo o Messias.
I. Origens Das Gerações
A palavra Gênesis significa origem. Gênesis, sem dúvida nenhuma, é o livro das origens. Em Gênesis nós temos a origem do universo, do nosso sistema solar, da vida, do homem, do pecado, do casamento, dos idiomas, da indústria, do governo, da religião e da nação de Israel.
Dez vezes no livro de Gênesis somos dados a história de várias gerações. A palavra "geração" basicamente significa origem, ou no contexto, o relato da origem.
Note as seguintes gerações:
1. Gerações do Universo -- Gênesis 2:4. 2. Gerações de Adão -- Gênesis 5:1. 3. Gerações de Noé -- Gênesis 6:9. 4. Gerações dos filhos de Noé -- Gênesis 10:1. 5. Gerações de Sem -- Gênesis 11:10. 6. Gerações de Terá -- Gênesis 11:27. 7. Gerações de Ismael -- Gênesis 25:12. 8. Gerações de Isaque -- Gênesis 25:19. 9. Gerações de Esaú -- Gênesis 36:1, 9. 10. Gerações de Jacó -- Gênesis 37:2.
II. O Autor.
Moisés foi o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia. Eles são chamados de Pentateuco. Os judeus geralmente se referem aos autores do Antigo Testamento como "Moisés e os profetas" [Lucas 24:27 e 44].
III. O Berço da Doutrina Bíblica.
Toda doutrina bíblica tem seu fundamento no livro de Gênesis. Este livro é mencionado mais de duzentas vezes no Novo Testamento. Sem o livro de Gênesis seria impossível entendermos a Bíblia.
IV. Gênesis Como Uma Revelação.
Três coisas podem ser ditas a respeito de Gênesis como uma revelação de Deus:
1. É uma grande revelação - Gênesis revela o que o homem nunca poderia aprender por ele mesmo [Jó 38:1-6]. Gênesis é o único livro da história da criação e dos primeiros dois mil e quinhentos anos da existência humana.
2.. É parte de uma revelação progressiva - O restante da Bíblia completa o que Gênesis começa. Gênesis faz a primeira promessa da redenção, e termina com a aparente vitória do pecado [Gênesis 50:26].
Exemplo: Gênesis 3:15 - Nesta primeira promessa evangélica, temos as sementes de toda a história da redenção. O restante da Bíblia é realmente uma exposição deste versículo.
3. É uma revelação da história da salvação - Note que em Gênesis há somente dois capítulos descrevendo a história do universo, e apenas nove capítulos relatando a história das nações. O livro é constantemente estreito em seu escopo. Trinta e nove capítulos tratam da história de Abraão, Isaque e Jacó. O livro termina com os filhos de Jacó no Egito. Estes homens eram os "Pais" das tribos de Israel. No Egito eles se tornaram uma grande nação. É claro que o livro de Gênesis nos conduz a pessoa de Cristo. Esta não é apenas uma mera história da humanidade, mas o plano de salvação de Deus na história.
V. Esboço do livro

1.1 a 2.3 – Criação do universo, da terra e do homem.
2.4-25 – Detalhamento da criação do homem e da mulher.
3.1-24 – O pecado do homem e sua expulsão do Éden.
4.1-26 – Caim e Abel. O primeiro homicídio. A descendência de Caim.
5.1-32 – A genealogia de Adão até Noé. Enoque andou com Deus.
6.1-22 – A corrupção da humanidade. O anúncio do Dilúvio.
7.1-24 – O Dilúvio.
8.1-22 – Noé sai da arca.
9.1-19 – Aliança de Deus com Noé.
9.20-29 – A embriaguez de Noé e o pecado de Cão.
10.1-32 – A genealogia de Noé.
11.1-9 – A torre de Babel.
11.10-32 – A genealogia de Sem até Abrão.
12.1-20 – O chamado de Abrão. Sua descida ao Egito.
13.1-18 – A separação de Abrão e Ló.
14.1-17 – A guerra dos reis.
14.18-24 – O encontro de Abrão e Melquisedeque.
15.1-20 – A aliança de Deus com Abrão.
16.1-16 – O nascimento de Ismael.
17.1-27– A circuncisão - confirmação da Aliança. Deus muda o nome de Abrão e Sarai.
18.1-16 – Três seres celestiais visitam Abraão.
18.17-33 – O anúncio da destruição de Sodoma e Gomorra.
19.1-38 – A destruição de Sodoma e Gomorra.
20.1-18 – Abraão habita em Gerar e nega que Sara seja sua esposa.
21.1-8 – O nascimento de Isaque.
21.9-21 – A expulsão de Hagar e Ismael.
21.22-34 – A aliança entre Abraão e Abimeleque.
22.1-24 – A prova de Abraão – sacrificar Isaque.
23.1-20 – A morte de Sara.
24.1-67 – A união de Isaque e Rebeca.
25.1-11 – A morte de Abraão.
25.12-18 – A genealogia de Ismael.
25.19-25 – O nascimento de Esaú e Jacó.
25.26-34 – Esaú vende sua primogenitura.
26.1-11 – Isaque habita em Gerar e nega que Rebeca seja sua esposa.
26.12-25 – As contendas de Isaque pelos poços.
26.26-25 – A aliança entre Isaque e Abimeleque.
27.1-46 – Jacó é abençoado no lugar de Esaú.
28.1-22 – A viagem de Jacó para Padã-Arã e o sonho da escada para o céu.
29.1-14 – Jacó se estabelece na casa de Labão.
29.15-31 – Jacó se casa com Lia e Raquel.
29.32 a 30.24 – O nascimento de onze filhos de Jacó.
30.25-43 – A prosperidade de Jacó em Padã-Arã.
31.1-55 – Jacó foge de Labão.
32.1-32 – Jacó vai ao encontro de Esaú e luta com Deus.
33.1-20 – Jacó encontra-se com Esaú.
34.1-31 – O estupro de Diná e a vingança de Simeão e Levi.
35.1-29 – Jacó volta a Betel. O nascimento de Benjamim. A morte de Isaque.
36.1-43 – A genealogia de Esaú.
37.1-11 – Os sonhos de José e a inveja de seus irmãos.
37.12-36 – José é vendido com escravo.
38.1-30 – Judá e Tamar.
39.1-23 – José na casa de Potifar.
40.1-23 – José na prisão. A interpretação dos sonhos do copeiro e do padeiro.
41.1-57 – José interpreta os sonhos de Faraó e torna-se governador do Egito.
42.1-38 – Os irmãos de José descem ao Egito.
43.1-34 – A segunda viagem dos irmãos de José ao Egito.
44.1-34 – A taça de José no saco de Benjamim.
45.1-28 – José se revela aos seus irmãos.
46.1-34 – Viagem de Jacó ao Egito.
47.1-12 – Jacó e sua família se estabelecem no Egito.
47.13-31- José e a venda de alimentos.
48.1-22 – Jacó adoece e abençoa José e seus filhos.
49.1-33 – Jacó abençoa seus filhos e morre.
50.1-14 – O sepultamento de Jacó.
50.15-26 – José anima seus irmãos e morre.


TEMAS DISCUTIDOS EM AULA


GN.3.1-24 – O Pecado Do Homem E Sua Expulsão Do Éden.


No capítulo 3, Satanás entra em cena. Como não havia nenhum ser humano disponível para ele, já que Adão e Eva ainda não tinham pecado, o inimigo usou a serpente, que foi o primeiro médium. O Diabo faz propaganda enganosa a respeito do pecado. “Sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. Ele só mostra os benefícios aparentes, imediatos e temporários, ocultando os malefícios profundos, futuros e permanentes (Gn.3 e Mt.4). Uma visão imediatista pode tornar o pecado algo muito interessante. Assim, por um prazer imediato, sacrifica-se o futuro. Foi o caso de Esaú, quando, por uma refeição, vendeu seu direito de primogenitura (Gn.25.29-34; Hb.12.16-17).
O conhecimento do bem e do mal poderia parecer algo desejável. Porém, o conhecimento do mal, no caso humano, significou a aceitação do mal, uma experiência profunda e amarga com o Maligno.
O homem não sabia a profundidade do abismo em que estava entrando. Muitos estão buscando um conhecimento ainda mais profundo do mal. São aqueles que se dedicam ao ocultismo. Paradoxalmente, talvez imaginem que o mal seja bom. Mas tudo isso está ligado à concupiscência (Gn.3.6; I João 2.15-17; Tg.1.14-15), o desejo de ganhar mais e mais e mais, além de tudo aquilo que Deus já nos deu. O desejo, em certa medida, é legítimo, mas a cobiça pode levar o homem às profundezas do inferno. Como saber a diferença? A cobiça é o desejo pelo proibido, por aquilo que pertence ao próximo, ou pelo excesso desenfreado de posses materiais ou prazeres carnais.
Desejando mais do que era permitido, o homem perdeu até aquilo que Deus lhe tinha dado graciosamente. Quantos jovens perdem cedo suas vidas por quererem o prazer das drogas e da devassidão sexual. Perdem todo o prazer de uma vida pelo prazer de um momento. O pecado é uma forma de perder o que Deus nos deu, mas isto não é o pior. O pecado nos faz perder o próprio Deus e o prazer de estar em sua presença. Muitas vezes, Deus até não nos toma o que nos deu. Nós mesmos destruímos tudo, como fez o filho pródigo com a herança paterna.

A Artimanha Do Inimigo

“Foi assim que Deus disse: não comereis de toda a árvore do jardim?”

O Diabo usou a própria palavra de Deus para levar o homem ao pecado. Ele quer nos fazer pensar que tudo é proibido, que estamos presos pelas ordens de Deus. Assim, ele nos induz a pensar que possa existir liberdade fora dos padrões divinos.
Ainda hoje, o inimigo usa a palavra de Deus, como fez na tentação a Jesus (Mt.4). Vemos nisso, uma fachada religiosa do Diabo. Ele parece trazer em seus lábios uma mensagem divina. Como disse Paulo, ele se transfigura em anjo de luz. Contudo, existe uma pitada de veneno em suas palavras. Ele torce a palavra de Deus, adaptando-a aos seus próprios fins. Muitas religiões utilizam a bíblia para justificar suas doutrinas malignas. Desse modo, uma quantidade infinita de heresias vão surgindo incessantemente sob o rótulo de “conhecimento do bem e do mal”.


Por Quê Havia Uma Árvore Do Bem E Do Mal No Jardim?

Esta é uma das perguntas mais intrigantes que se pode fazer a respeito da bíblia e da criação. Por quê o mal existe? Como ele surgiu? Para quê? Quem o fez? Este assunto perturba aos estudiosos e teólogos de todos os tempos. Existe uma divisão entre os eruditos. Alguns afirmam que Deus criou o mal. Outros negam. Sabemos que Deus não criou o pecado, mas permitiu que ele entrasse no mundo. De qualquer forma, sabemos que, em última análise, Deus, em sua soberania, poderia impedir o pecado ou eliminá-lo por ocasião do seu surgimento. Ele poderia ter aniquilado Satanás e seus anjos quando estes pecaram. Contudo, não o fez. Portanto, ele tem algum propósito nisso.
Não temos a pretensão de responder satisfatoriamente a esta questão mas o nosso parecer é que Deus não destruiu o mal por ver que ele seria útil de alguma forma. Como poderia haver liberdade de escolha se o mal não fosse uma possibilidade concreta? Deus poderia ter criado robôs, que o serviriam com perfeição eternamente. Contudo, que valor teria isso? O valor do amor está na possibilidade de sua inexistência. Se somos livres para amar e amamos, isto é valioso. Se fôssemos programados para amar, isto não teria nenhum valor.
O questionamento sobre a origem do mal e o seu propósito pode render discussões sem fim. Contudo, não nos esqueçamos do mais importante: rejeitar o mal e escolher o bem (Is.1.16-17).

Gn.6.1-22 – A Corrupção Da Humanidade. O Anúncio Do Dilúvio.


O pecado se multiplicou e a humanidade se tornou perversa e abominável aos olhos de Deus (6.5,11,12,13). Diante disso, o Senhor resolveu destruir os homens e os animais por meio de um dilúvio.
O capítulo 6 nos traz dois temas de difícil entendimento. O primeiro é sobre a união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens. Há quem defenda a tese de que os “filhos de Deus” seriam anjos e as filhas dos homens seriam mulheres normais. Contudo, tal afirmação é contrária ao contexto bíblico geral, visto que:
- - Os anjos não têm sexo pois foram todos criados de uma só vez e não se multiplicam (Mt.22.30).
- - Os anjos não têm corpos físicos. Daí, não poderiam se relacionar com as mulheres.

Outra hipótese é que os “filhos de Deus” sejam os descendentes de Sete e que as “filhas dos homens” sejam as descendentes de Caim. Embora esta alternativa seja plausível, não existem muitos dados para torná-la conclusiva. E, afinal, se a descendência de Sete era considerada como os “filhos de Deus”, por quê apenas a família de Noé se salvou do dilúvio? Portanto, nesse ponto temos mais perguntas do que respostas.

A outra questão difícil é a afirmação de que Deus tenha se arrependido de ter criado os homens e os animais. Segundo I Samuel 15.29, Deus não se arrepende. Sugerimos a seguinte solução. Arrependimento significa mudança de direção. Nesse sentido, é compreensível que Deus tenha mudado o rumo das coisas devido a motivos diversos, tais como o bom ou o mal comportamento dos homens. Compreendendo arrependimento como peso pela culpa, então é correto afirmar que o Senhor não se arrepende, visto que ele não peca nem comete erros.

Diante de toda a perversidade dos homens, Deus determinou que os destruiria através do dilúvio. Isto aconteceria dentro de 120 anos. Vemos em cena a justiça e a misericórdia divina. O dilúvio deveria vir como manifestação da justiça. Por quê então ele não o enviou imediatamente? Para que Noé tivesse tempo de construir a arca e para que seus contemporâneos tivessem tempo de ser arrepender de seus pecados (I Pd.3.20).
Alguns interpretam o versículo 3 do capítulo 6 como um novo limite para a idade humana. Porém, isto não é verdade, pois, mesmo depois do dilúvio, muitas pessoas viveram muito mais de 120 anos (Gn.11.11,13,15, etc).

A família de Noé pode ser vista como um símbolo da igreja, que, se mantém pura no meio de uma geração perversa. Enquanto o juízo destruirá a muitos, a igreja será salva pelo Senhor. Em uma visão menos escatológica, as águas do dilúvio são comparadas ao batismo cristão (I Pd. 3.21). Em suas profundezas ficou o velho mundo, a velha vida, uma velha história. Depois dele, tudo é novo.

A vida de Noé se tornou um exemplo de fé e obediência (Hb.11.7). Noé recebeu a palavra de Deus e creu. Sua fé iria, necessariamente, produzir ação. Todo aquele que ouve a palavra de Deus e tem fé, precisa agir (Tg.2.26).
A obediência de Noé seria a realização de uma tarefa difícil. Estaria fazendo algo que nunca fizera antes, algo estranho e aparentemente absurdo. Porém, Noé estava seguro, pois tinha contato direto com Deus.

A obediência de Noé, ao construir a arca (6.22), tornou-se um ato profético para a sua geração. Muitos deviam considerá-lo louco por estar construindo aquele enorme navio em terra seca. Assim acontece com aqueles que se preparam para a vinda do Senhor Jesus. Noé era um pregador da justiça (II Pd.2.5). Porém, sua pregação não foi aceita, senão pela sua própria família. Jesus disse que os dias que antecederiam a sua segunda vinda seriam como no tempo de Noé. A palavra de Deus está sendo pregada para que todos se salvem. Porém, a maioria rejeita e escarnece da pregação do evangelho.

É interessante observamos que a família de Noé se salvou pela obediência ao chefe da casa. Talvez, nenhum deles ouvisse diretamente a voz de Deus, mas foram salvos porque obedeceram àquele que conhecia Deus, conhecia sua palavra e seus planos. Quando, depois do dilúvio, o filho Cão se mostrou rebelde, sua vida caiu na desgraça. Isto nos mostra a importância da sujeição às autoridades constituídas por Deus para o nosso próprio bem.


Gn.7.1-24 – O Dilúvio.

Em resposta à corrupção humana, Deus resolveu enviar o dilúvio sobre a terra. Este foi o primeiro ato de juízo divino sobre a humanidade e, assim como a destruição de Sodoma e Gomorra, pode também ser visto como símbolo do Juízo Final.
A arca de Noé pode ser vista como símbolo do Senhor Jesus, pelo fato de ter salvado aquela família ou podemos compará-la também à igreja. Uma interpretação alegórica não elimina a outra. Se estamos “em Cristo” (II Cor.5.17) também estamos na igreja, fazemos parte dela. A igreja é o lugar de acolhimento para os salvos. Lá fora estão os perdidos. Porém, sua porta ainda não está fechada. Os que estão dentro podem, inclusive, sair, se quiserem, mas esta é uma decisão muito arriscada, pois a oportunidade de retorno não será eterna. E, lembrando uma mensagem do Pr.José Rego do Nascimento, é interessante observar que Moisés soltou um corvo e este não voltou para a arca porque encontrou lá fora alguma podridão que combinava com sua própria natureza. A pomba, entretanto, retornou para a arca, pois naquele “mundo condenado” nada havia que pudesse agradá-la (Gn.8.6-9).








Gn.11.1-9 – A Torre De Babel.








O texto que fala sobre os descendentes de Noé, dá destaque para um neto de Cão, chamado Ninrode (10.8-11). Este se tornou um símbolo do Anticristo. Começando como caçador, veio a ser rei e o início do seu reino foi Babel. Flávio Josefo escreveu que, a torre de Babel foi feita com base no temor de um novo dilúvio. Naquele mesmo lugar, mais tarde foi construída a cidade da Babilônia, que viria a sediar um dos grandes Impérios da antiguidade.
Babel é uma palavra hebraica que significa “porta de Deus”. O objetivo daquela torre seria alcançar o céu. Até aí poderíamos ter uma visão positiva de Babel. Contudo, nada havia de Deus naquele projeto. Era algo feito contra a vontade de Deus, pois pretendia concentrar as pessoas naquele lugar, evitando-se a dispersão sobre a face da terra (11.4). Porém, o que Deus queria é que a terra se enchesse (Gn.1.28). Ele não ordenou que os povos se concentrassem num só lugar.
A torre de Babel pode ser interpretada como o esforço humano para alcançar o céu através de seus próprios meios e méritos. Este é o esforço das religiões. Babel é o oposto da igreja. Poderia ser vista como uma falsa igreja. O povo de Deus se reúne em torno do nome de Jesus. As falsas religiões se constroem sobre outros nomes (11.4), embora usem também o nome de Jesus.
A Babilônia representa a religiosidade maligna que leva cativos os servos de Deus e quer impedi-los de servi-lo. No apocalipse, essa cidade aparece como um grande domínio que envolve religião, política e comércio. Provavelmente será a sede do governo do Anticristo. Sobre ele e sua cidade cairá o juízo divino.
O capítulo 10 sintetiza informações referentes a um período muito longo. Observe menção antecipada a Babel (10.10 x 11.9), à Assíria (10.11), aos filisteus (10.14), ao nascimento de Arfaxade (10.22 x 11.10). No capítulo 11, o autor retoma a ordem cronológica da narrativa.
Babel – Unidade Para O Mal
“Disse o Senhor: o povo é um e todos têm uma só língua. Isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” Gn.11.6
Este versículo nos mostra um povo unido em torno de um projeto. A unidade é fundamental para qualquer grupo que queira realizar algo. Sem unidade, o grupo se torna um amontoado de pessoas. A unidade significa ter o mesmo propósito, reunir forças e recursos, aplicando-os em um objetivo comum. Quando isto se torna realidade, os planos se concretizam.
No caso em estudo, vemos que até projetos malignos podem ser viabilizados quando existe unidade. Quão unidos não deveriam ser então aqueles que buscam causas nobres, aqueles que trabalham pelo reino de Deus?
Contudo, aquele povo, embora unido, estava trabalhando num projeto que não tinha a direção nem aprovação divina. Então, Deus interferiu para que eles não fossem bem sucedidos. Eles achavam que poderiam ser independentes de Deus. Até podiam mesmo, mas não para chegar ao céu.


Alegoria Da Torre De Babel



Para que o projeto fosse encerrado, Deus confundiu as línguas dos que trabalhavam na torre. Assim, um não entendia o que o outro dizia, e a conseqüência foi a separação. Por isso, Babel se tornou sinônimo de confusão. Não é assim que estão muitas famílias, muitas empresas, muitos grupos sociais? Estão tentando viver sem Deus, e o que conseguem? Confusão. Todos falam, mas ninguém compreende. E muitas vezes o resultado é o caos, a falência, a separação. Precisamos de Deus como arquiteto das nossas vidas. Deixemos que o seu projeto prevaleça, pois só assim alcançaremos o céu.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

BEM VINDO AO J.SABIOS!
SINTA-SE A VONTADE AO FAZER SEUS COMENTÁRIOS!
DEUS O ABENÇOE!!!!!